A minha versão "mari podcaster" nasceu no contexto tenso da pandemia do Covid-19. Na época, estava isolada das minhas atividades acadêmicas e, consequentemente, consumindo muito conteúdo na internet. A sensação era de que eu estava ouvindo a muitas opiniões sem a oportunidade de continuar o assunto, o que traria a minha perspectiva para a conversa. Então, inspirada pelo meu hobbie de consumir conteúdo em forma de podcasts, criei o Falarimar para colocar minha voz no mundo. A verdade é que meu ascendente e minha lua em leão sempre gostaram de palestrar (risos nervosos), mas esta transcendeu a mim mesma: sinto que nos tornamos uma comunidade de troca. 

Conforme fui dividindo minhas reflexões, encontrei acolhimento e fiz inúmeros amigos. Descobri que ser vulnerável é algo que alimenta a minha alma, é quando me sinto mais eu. O Falarimar é uma constante auto-análise, através dele reconheço medos, padrões de comportamento e também talentos. Hoje, me enxergo como porta-voz de angústias e dilemas que todos nós temos, mas que, por vezes, não conseguimos articular em palavras.  Sempre acreditei que, assim como acontece com livros e filmes, através da narrativa do outro temos a oportunidade de aprender novas lições e vivenciar novas experiências (mesmo que não tenham de fato ocorrido conosco).  Para mim, essa é a importância de colocarmos nossa voz no mundo: você nunca sabe o que ela pode transformar.